Fagile Dreams - Nintendo Wii. O Game com certeza conquistou adolescentes do mundo todo, com sua incrivel trilha sonora, e seu incrivel enrredo, Fragile Dreams consegue misturar a emoção de Resident Evil com o terror de Silent Hill. O Jogo é dotado de incriveis animações, com personagens complexos e profundos. A uma primeira vista, a jogabilidade do game é boa, com combates intensos, todo o universo de Fragile Dreams é interessante e solitário.

Seto, um jovem de 15 anos, se vê sozinho em um mundo misteriosamente devastado, após a morte do velho homem que o criava; com uma lanterna na mão e com a companhia de uma máquina em suas costas. Com o conselho de ir em direção à Torre Vermelha que está a leste do observatório, em que Seto passou a vida, o game se inicia. Logo no começo temos o encontro com uma misteriosa menina de cabelos prateados, que se torna o objetivo de toda a peregrinação pelo universo de Fragile Dreams, ao sumir e despertar a curiosidade em Seto para descobrir quem ela é. A história não se resume em encontrar a menina misteriosa de cabelos prateados, mas sim em busca de humanos que sobreviveram a essa exterminação mundial, pois por mais que tenha a companhia de sua máquina que fala e localiza seus inimigos e o espírito de um jovem, Seto sente necessidade em encontrar companhia e deixar de viver sozinho.
Impressionante a forma pela qual o mundo devastado consegue deixar o jogador imerso; o impacto emocional surge devido a sensação de solidão e a atmosfera construída. Esse impacto emocional só é possível pelo detalhamento do visual, em que a preocupação em decorar toda a catástrofe, resultando em um ambiente solitário e bonito, somado à trilha sonora melancólica e calma, acompanham acontecimentos da história que nos traz sentimentos de nostalgia e solidão. Acontecimentos estes que surgem por meio de itens que encontramos (origamis, objetos perdidos e imagens) que fazem com que tenhamos contatos com memórias de pessoas que perderam suas vidas no incidente, porém sabiam do que iam acontecer, mas mostravam extrema felicidade pelas companhias que tinham e pela vida que tiveram. Sentimentos que mostram ser a fraqueza e o trunfo dos seres humanos.
Com uma jogabilidade feita com o nunchuk, para movimentar Seto, e o Wii Remote para movimentar a câmera, o game fará muitos lembrarem de Silent Hill: Shattered Memories, devido a presença da lanterna que o ajudará a explorar o mundo, além de servir como ferramenta para revelar os fantasmas, que vão desde simples água-vivas até a mãos medonhas que saem da parede e pernas de crianças que gargalham, que assombram o mundo e insistem em atacar o jovem herói. Exatamente onde os fantasmas aparecem é que a primeira deficiência do game aparece; se movimentar durante o combate e atacar os fantasmas se torna cansativo pela tentativa e erro, pois, imaginem algo parecido com a movimentação do seu personagem, e não sua visão, como o que vimos no primeiro Residen Evil. Creio que o combate possa ser melhorado com a presença de um lock-on, já a movimentação poderia ser melhorada com a presença de um botão que ative a câmera e não somente o simples movimentar do Wii Remote.
Outro problema presente é o estilo de save, misturado com heal point, além de oferecer a opção de compras com o estranho “homem galinha”, enquanto temos a oportunidade de escutar as memórias dos objetos que encontramos pelo caminho. Bagunça, né? Sim. Sentar-se ao redor da lareira é sempre enjoativo, ainda mais quando se erra a opção que deseja escolher. Nesse mesmo local temos a opção de realocar os itens da bolsa de Seto, o que se torna um transtorno, em muitos games, pois o mínimo espaço oferecido não é suficiente para carregar o que se precisa, até mesmo porque um simples estilingue ocupa quase metade do espaço!
Armas! Uma solução para o progresso da história que tende a se tornar o problema de Fragile Dreams. Seja ela um graveto, uma shinai (espada de bambu), ou um brinquedo para gatos, até encontramos um estilingue, estamos sujeitos a ficar sem armas, ou pior, vê-las quebrarem após uma grande sequência de combos. A partir desse momento, o game se torna, mais uma vez, um Silent Hill bonitinho com traços de animê, pois só restará ao jogador a opção de correr e fugir até onde der (o que nem sempre dá!). Além do armamento, o sutil toque de RPG também está na evolução do personagem e no sistema de “exploração” dos territórios, porém nada de inovador ou complicado, não exigindo muita experiência do jogador para evoluir sem problemas durante o game.
Se você esperou mais de um ano para a versão americana, não se prenda ao idioma inglês, antes de começar, mude para o japonês e acrescente legendas em inglês, pois o que é bonito em Fragile Dreams ficará ainda mais com a dublagem oriental. Ah! Claro, recomendo que assistam todas as cenas que parecem ter saído de um seriado de animê, além de conferir a ótima trilha sonora do jogo!!!
Review ~ Japan Panic / Yellow Block